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Geopolítica e Política

Lusa - Lusística - Mundial

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Sionismo Cristão

03.11.23 | Duarte Pacheco Pereira

Pius X, by Francesco De Federicis, 1903 (retouched, colorized)Theodor Herzl teve uma audiência com o Papa Pio X em 1904. O Papa explicou-lhe que a Igreja Católica não poderia endossar teologicamente o Sionismo e o controle dos Lugares Santos em Jerusalém.

Sionismo Cristão é uma crença difundida entre alguns cristãos, notadamente Evangélicos Pentecostais e Neopentecostais, de que o retorno dos judeus à Terra Santa, o estabelecimento do Estado de Israel, em 1948, e a expulsão dos “gentios” de Jerusalém — sob ocupação israelense desde 1967 —, estão de acordo com a profecia bíblica. O Sionismo Cristão sobrepõe-se mas é distinto do movimento do século XIX pelo retorno dos judeus à Terra Santa, que teve adeptos motivados tanto por convicções religiosas como políticas. O conceito de Sionismo Cristão popularizou-se em meados do século XX, substituindo o termo Restauracionismo.

Alguns cristãos sionistas acreditam que o ajuntamento dos judeus em Israel é uma precondição para a Segunda Vinda de Jesus. Tal crença é principalmente, embora não exclusivamente, associada com o Dispensacionalismo Cristão. A ideia de que os cristãos devem apoiar ativamente o retorno dos judeus à Terra de Israel, paralelamente à ideia de que os judeus deveriam ser encorajados a se tornarem cristãos, como um meio de cumprir a profecia bíblica, tem sido comum nos círculos protestantes desde a Reforma.

Tal como os sionistas judeus, muitos cristãos sionistas acreditam que o povo de Israel é o povo escolhido de Deus, juntamente com os cristãos e gentios “enxertados” [Romanos 11, 17-24].

Entre os que advogaram ou profetizaram a retomada da terra de Israel pelos judeus estiveram John Milton, Locke, Newton, Priestley, Fichte e Robert Browning, além do caso mais conhecido de George Eliot. Entre os políticos podem ser citados Lord Shaftesbury, Palmerston, Milner e Lloyd George. Na Tradição Iluminista, recorde-se o chamado de Napoleão aos judeus para a reconquista de seu patrimônio durante a campanha síria de 1799. Entre as elites políticas e burocráticas europeias, o Sionismo Cristão foi quase sempre compatível com o Antissemitismo, já que ambos eram favoráveis à saída dos judeus da Europa.

Sionismo cristão. Wikipédia. Página editada pela última vez às 05h15min de 9 de abril de 2021.

 

 

 

Brazilian President Jair Bolsonaro L and Israeli Prime-Minister Benjamin Netanyahu R

 

O que é o sionismo cristão

e por que ele alimenta a direita no Brasil


Nesta cosmologia, não há lugar para judeus seculares, para judeus de esquerda, para judeus liberais. Também não cabem os cristãos palestinos.

Por Magali Cunha | CartaCapital | 18.10.2023 16H33

O conflito bélico entre a ala militar do partido islâmico palestino Hamas e o Estado de Israel levanta muitas discussões. Entre elas, a ampla afinidade de lideranças cristãs, em especial evangélicas, a uma posição incondicional pró-Israel (e anti-Palestina).

Trata-se de uma expressão do que tem sido chamada de “sionismo cristão”, um elemento que não é novo no Brasil, mas que recentemente tem se evidenciado com mais força no debate público.

O sionismo é um movimento político, surgido no final do século 19, que defende a formação de um Estado próprio para os judeus. O alvo é a terra que havia sido habitada por este povo até o século 3 da era cristã. Desde então, há uma história de deslocamentos forçados, diásporas, perseguições.

Durante todo o século 20, o sionismo se fortaleceu por meio da compra de terras e do apoio ao projeto judaico de colonização da região pelo Império Britânico, que lá exercia domínio político e militar. A cruel perseguição do nazismo ao povo judeu e as consequências da Segunda Guerra Mundial tornaram viável a fundação do Estado de Israel, em 1948.

Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/blogs/dialogos-da-fe/o-que-e-o-sionismo-cristao-e-por-que-ele-alimenta-a-direita-no-brasil/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos.

 

 

 

Four Horsemen of Apocalypse (1887). Oil on canvas, 72 x 136 cm (28.3 x 53.5 in). Glinka National Museum Consortium of Musical Culture, MoscowQuatro Cavaleiros do Apocalipse, de Viktor Vasnetsov. Pintado em 1887.

Arrebatamento Cristão é um conceito e termo escatológico cristão utilizado por alguns cristãos, de várias confissões/denominações/ministérios, referindo-se — para os que o concebem — ao biblicamente anunciado evento inicial do Fim dos Tempos, no qual seguidores de Cristo, os então vivos e os já mortos “subirão para o céu ao encontro do Senhor Jesus Cristo nos ares” [serão arrebatados…]. Anunciam como base bíblica as passagens contidas em Daniel 9:27, Mateus 24:37-42; 25:14-23, Lucas 19:2-20, Romanos 14:10, 1 Coríntios 3:11-15, 2 Coríntios 5:10, 1 Tessalonicenses 4:14-17, Hebreus 9:28, Apocalipse 1:7; 13:15. Alguns cristãos creem que o evento é anunciado por Paulo Apóstolo em 1 Tessalonicenses 4:17, na qual ele usa o termo grego coiné ἁρπάζω (transliterado neolatino harpazo), que, via latim raptus, tem significado de “captura”, “rapto”, “sequestro”, “tomada à distância” (ou, ainda, “arrebatamento”). Outros, porém, divergem desse entendimento e, com as mesmas bases bíblicas, apontam outras interpretações. Não há, portanto, entendimento único e pacificado.

Arrebatamento cristão. Wikipédia. Página editada pela última vez às 23h27min de 3 de outubro de 2023.

 

 

 

 

 

 

 

FIM

 

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