O Mal Ocidental
As elites ocidentais estão a apressar a decadência dos EUA, Europa, Austrália, Nova Zelândia.
Por quê?
Erros estratégicos sucessivos, resultaram em enorme prejuízo dos EUA (um fraco líder do processo, até porque desconhecem tudo sobre história e geografia mundiais), das nações europeias submissas e suas colónias.
Vamos recapitular:
1º - A deslocalização da indústria produtiva para lugares de mão de obra (então) barata. Isto não teve início na era Reagan/Thatcher mas massificou-se a partir daí.
2º - A assumpção de que os asiáticos trabalhariam para sempre “por uma malga de arroz” em vez de aprenderem “como se faz”, e começarem a fazer, eles mesmos, na maioria dos casos até melhor.
3º - A crença infantil que um país Imperial podia “policiar o mundo”, com ou sem ONU, com ou sem aliados, caso as coisas corressem mal.
Tudo isso deu com a água nos burros (os burros são as elites) e de repente essa gente medíocre, sem qualquer visão política (para não falar na geo-estratégia) percebeu que:
1º - Não é possível desmontar as fábricas montadas na Ásia e levá-las de volta a casa. E mesmo que isso se fizesse, seria tarde demais: os países de onde elas sairiam já têm tecnologia para montarem as suas e têm-no feito. Além disso, essas sociedades possuem um mercado mais vasto (em número de consumidores) que EUA, Europa, Austrália e Nova Zelândia somados.
2º - A classe média chinesa já ultrapassa em número a dos EUA e Europa somados. Empresa “moderna” que não venda aí está muito limitada. Além disso, o poder de compra dos chineses aumenta enquanto nos EUA e Europa a classe média desaparece, sugada pela ganância dos menos de 1% de hiper-mega-ricos.
2º - Bombardear e invadir países pobres não assegura sequer o domínio desses territórios. Os EUA/NATO acabam de retirar do Afeganistão, sem honra nem glória. Uma tribo de pastores, sem aviões, sem mísseis sofisticados e sem infra-estruturas escorraçou-os, numa guerrilha de desgaste permanente. Como então enfrentariam os gloriosos exércitos da NATO inimigos bem organizados e detentores de armas hiper-modernas como russos e chineses?
Além dos aspectos referidos, há outra coisa nas sociedades ditas ocidentais que vem cavando fossos internos: a Teoria Crítica de Raça e também a luta das chamadas minorias sexuais, ambas estimuladas pelas elites. Entendem por quê?
Na impossibilidade de avançarem com sua agenda globalista (China Rússia e Irão são obstáculos enooorrrmeees) ou de ganharem uma nova guerra mundial, evidentemente as elites preferem que, dentro de cada país, as pessoas se atirem ao pescoço umas das outras do que responsabilizarem quem as conduziu ao desastre.
A guerra entre covideiros e cépticos (como as outras, novos contra velhos, mulheres contra homens, trabalhadores dos privados contra os da função pública) também se inscreve nesta lógica: impedir-nos de uma organização de “rolo compressor” que os esmagaria em pouco tempo, assim as pessoas entendessem quem anda realmente a ser o inimigo.
As elites são perversas mas acima de tudo são incompetentes: elas nos trouxeram a este ponto e já não sabem como sair daqui. Então, resta-lhes atirarem-nos uns contra os outros para salvarem seus miseráveis e gordos traseiros.
Por Antonio Gil, no Facebook, às 22:26 de 19 de Julho de 2021. Original e comentários aqui.
Equilibrio Predador-Presa
Consideremos o caso das raposas e dos coelhos.
Se houver muita erva há muitos coelhos, havendo muitos coelhos há muitas raposas, o que reduz o número de coelhos, o que reduz a quantidade de erva comida, o que evita que a terra fique despida, o que evita que a chuva a leve no próximo inverno.
Suponhamos agora que uma insaciável tribo de raposas come os coelhos todos, que acaba com os coelhos.
Não havendo mais coelhos… as raposas morrem… de fome!
Os coelhos não têm hipótese mas os homens têm.
Os homens têm porque há homens-predadores e homens-presas, tribos-de-homens-predadores e tribos-de-homens-presa, mas, ao contrário do que acontece com as raposas e com os coelhos o ser-se predador, ou o ser-se presa, não está biológica, geneticamente, determinado.
É possível um homem-presa passar a ser um homem-predador, uma tribo-de-homens-predadores passar a ser uma tribo-de-homens-presa, e vice-versa.
É isso que está a acontecer.
É isso que está a acontecer mas as tribos-de-homens-predadores não o estão a perceber porque estavam, e estão, profundamente convictas de que o ser-se predador, ou o ser-se presa, está tão biológica, geneticamente, determinado nos humanos como nas raposas e nos coelhos.
P.S. As equações que permitem simular a Dinâmica Predador-Presa são as Equações de Lotka-Volterra.
Comentário de Duarte Pacheco Pereira à publicação de Antonio Gil acima transcrita. Ver aqui.
FIM