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Geopolítica e Política

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Arranca-corações

19.12.22 | Álvaro Aragão Athayde

Joana Amaral Dia no Diário de Notícias.jpg

Joana Amaral Dias
Diário de Notícias • 18 Dezembro 2022, às 07:30


Para as crianças, parece que afinal a escolha era mesmo apanhar uma gripe chata ou arriscar a uma inflamação no coração. Muitos médicos avisaram, expuseram-se, escreveram cartas e olharam de frente apenas para levar com processos disciplinares. Muitos cientistas foram cancelados, isolados e procrastinados por alertar algo óbvio - no grupo etário das crianças e jovens, a inoculação covid não tem qualquer benefício. E os riscos existem.

Vários cidadãos e activistas censurados, alvos de escárnio, desdém e vexame apenas porque, por exemplo, já nessa altura, divulgavam numerosos estudos a comprovar o aumento de miocardites/pericardites.

Agora, quase um ano e meio depois, é que a DGS alerta para este perigo. Mentiram, como de resto aldrabaram sobre a capacidade de parar a infecção/transmissão.

E foi tudo pela medida grande - autoridades a garantir e a jurar a pés juntos a eficácia e a segurança destas inoculações; órgãos de comunicação social a bombear a mensagem das vendas a retalho 24/7; aquela raríssima criança internada com covid com os holofotes mediáticos e as já então dezenas de reacções muito graves na sombra; putos levadas à força e a chorar; câmaras municipais com campanhas com artistas, música, bonecos e balões; pais e mães que injectavam os filhos sem a autorização do outro progenitor. Valia tudo. Pelos vistos até arrancar olhos. Ou corações, se preferirem.

Evidentemente que, após tanta opacidade e distorção, só podemos pensar que a coisa deve estar para lá de feia para a Dra. Graça vir agora com este anúncio.

Enfim, parece que a distância entre uma teoria da conspiração e a primeira página do jornal está entre seis meses a um ano.

Recorde-se que, em fevereiro de 2022, havia seis crianças com miocardite e uma com MIS-C como reacção só no Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, um dos poucos que se dignou a revelar dados. De resto, nunca houve transparência.

Portanto, já se sabia, o risco foi ignorado e persuadiram os pais a inocular sem os devidamente informar/ sem o devido consentimento.

Raros são os casos de miocardite e pericardite em crianças injectadas com mRna? Raríssimos ou inexistentes (em Portugal são zero), isso sim, são os casos de morte por covid em crianças.

Infelizmente, é tarde demais para muitos miúdos que não escaparam.

Agora a DGS só pede que estejam atentos aos sinais? Não pede para pararem imediatamente com estas injecções? Pois era o que devia fazer, urgente. Já todos vimos medicamentos descontinuados por menos e também já todos vimos gente a ir presa por bem menos. Demitida, então, nem se fala.

Os membros da Comissão Técnica, após os pareceres que assinaram em relação aos menores ainda estão no cargo? E em liberdade?!

Pare-se. Agora já era tarde. Entretanto, o Portal RAM e a informação sobre reacções adversas tem que estar acessível aos jornalistas, no mínimo, em vez de prosseguir a sua senda obscurantista de ocultação e trevas medievais.

De todos os crimes sórdidos e pervertidos perpetrados à luz do dia durante quase três anos a reboque da covid, os que vitimaram os miúdos - os atrasos na escolaridade e na socialização; o agravamento exponencial dos suicídios e dos problemas de saúde mental; o roubo das irrepetíveis e preciosas infância e juventude são os mais hediondos. Não podemos esquecer nem tão pouco perdoar. Nunca.

Psicóloga clínica. Escreve de acordo com a antiga ortografia

 

Uma mão terrível, com um coração arrancado.jpg

Uma mão terrível, com um coração arrancado.

 

 

 

 

 

 

FIM

 

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