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Geopolítica e Política

Lusa - Lusística - Mundial

Geopolítica e Política

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Mentiras e Verdades

29.03.21 | Duarte Pacheco Pereira

Mentiras e Verdades

 

É mais fácil enganar as pessoas do que desenganá-las.

Porquê?

Saber não sei, mas suspeito.

Suspeito, estou mesmo praticamente certo, que ter de reconhecer que fomos enganado é desagradável, desagradabilíssimo, por vezes traumatizante.

Ler tudo aqui.

 

 

 

 

FIM

 

Reality Show

26.03.21 | Duarte Pacheco Pereira

Reality Show

 

Hoje, algures no Portugal profundo, aguardando a sua endoscopia, uma septuagenária, obesa, da aldeia, vestida de preto e com puxo no cabelo, diz-me que deixou de tomar há umas semanas o seu protector gástrico, “um novo, o que diz 30, umas cápsulas grandes que a médica me deu em vez dos outros, que eram uns comprimidos pequerrichinhos”. E deixou de o tomar porque “inchava a barriga”, “parecia um pandeiro”, “até me rebentavam as roupas”.

Informei o gastro, que uns minutos depois entra na sala e lhe pergunta:

Então deixou de tomar os comprimidos porque lhe inchava a barriga?

Ela responde prontamente:

Não não, era porque me prendiam as pernas.

- - - - - - - - -

É o meu dia a dia. É difícil falar com estas pessoas: não sabem quase nada da sua saúde. A falta de cultura básica em Portugal anda na casa dos vários milhões de pessoas; claro que para perceber isso é preciso ir lá e falar, ver, sentir a realidade — coisa que a esmagadora maioria dos portugueses “cultos” nunca fez na vida, nem deseja fazer.

Muitos milhões ignoram que doenças têm ou que remédios tomam. A sua saúde é “a minha médica é que sabe” e “o que Deus quiser”. Não sabem nem questionam a verdade; confiam no tempo, no destino, nas autoridades, na divina providência. O fatalismo e a ignorância continuam a ser marcas profundas e bem visíveis do nosso povo.

E, fora da saúde, reconheci esses traços genéticos colectivos neste ano que passou. Mas, de forma surpreendente e perturbadora, reconheci-o sobretudo nos “outros”: nos “cultos”, nos “licenciados”, no milhão e meio “de cima”. Também neles, o fatalismo e a ignorância, bem visíveis. A confiança sem sentido nos médicos, nas autoridades, em Deus, nas notícias, em tudo. A crença inacreditável em afirmações absurdas. A aceitação acéfala de medidas acéfalas.

Para mim ficaram bem claras as razões pelas quais não posso confiar nos meus compatriotas para defender a liberdade que foi conquistada em 1974. Existem demasiadas pessoas incultas, seguidistas, acríticas, cobardes, centradas no (que julgam ser o) seu interesse mesquinho individual. Não querem saber onde está verdade, não querem saber do sofrimento dos outros.

Evidentemente, tudo isto me cansou. Um ano é muito tempo. O poeta alemão Schiller escreveu “contra a estupidez, os próprios deuses lutam em vão”. Contra esta realidade que vemos à nossa volta, também não é possível lutar para sempre. Há que aceitar a estupidez, o fatalismo e a ignorância. A pandemia deveria terminar um dia destes, mas irá prosseguir, ainda que haja apenas 1 infectado e 1 morto, porque a incultura e a desumanidade não conhecem limites.

E, no dia em que não houvesse um único vírus, a maioria dos portugueses apoiaria ainda Costa, Marcelo e Rio na manutenção do estado de emergência, pelo perigo de que “inche a barriga” ou de que “prendam as pernas”. Ou do que calhar. Tudo servirá, e todos cumprirão. É essa a essência de qualquer “reality show”: uma encenação de mentiras que o público paga — para poder assistir e para sustentar os actores.

Publicado por Pedro Girão / Médico, anestesista, pianista, contador de histórias. às 11:37 de 25 de Março de 2021.

 

Eu concordo porque eu próprio assisti a este tipo de episódios com familiares que acompanhava aos hospitais. Se questionasse a sacrossanta sabedoria do médico era doido! Quando receitava medicamentos de marca, 3 vezes mais caros que os genéricos a uma pessoa com doenças crónicas, com reforma de 300 euros dos quais 200 ficavam para despesas da casa e 100 para o auxílio. Com os 100 que lhe sobrava, mal comprava os remédios. Só a nossa ajuda a permitia comer. Mas ainda assim os médicos que sabiam as dificuldades dela não hesitavam em receitar as deogas da farmacêutica que eles queriam, mesmo com genéricos mais baratos. Aí comecei a ver a Canalhice e insensibilidade de muitos medicos que vi assistirem a familiares e outros anonimos em corredores de hospitais

Comentário publicado por Saul M Rodrigues, às 07:29 de 26 de Março de 2021, na partilha da publicação de Pedro Girão na cronologia de Rosinda Santinha.

 

 

 

 

FIM

 

Raquel Abecasis sobre Rui Rio

25.03.21 | Duarte Pacheco Pereira

Rui Fernando da Silva Rio

Rui Rio

 

Os Abecasis são Hebreus e Cristãos Atanasianos.

 

Ich bin ein Opus Dei

Ao radicalizar, tornando obrigatória a inútil declaração da já estúpida proposta do PAN, o Dr. Rui Rio demonstra que das guerras com o Futebol Clube do Porto para a liderança do PSD nada aprendeu.

Por Raquel Abecasis no Observador às 00:10 de 23 de Março de 2021.

Há propostas que pela sua demonstração de estupidez e ignorância deviam pagar multa. E pesada.

O PAN, primeiro, e o PSD, depois, decidiram trazer para a agenda política o interessante assunto das declarações de interesse dos políticos e outros titulares de cargos públicos. É, de facto, um tema que neste momento pode fazer a diferença na forma como o país deve ultrapassar os seus problemas. Sem dúvida.

E o que querem então saber estes astutos políticos? Quem é da Maçonaria e quem é do Opus Dei. É uma informação indispensável para avaliar em que mãos estamos entregues. Segundo estes senhores, está aqui a origem de todos os males e para eles não faz sentido a máxima de que não se comparam batatas com cebolas.

Independentemente do juízo geral sobre os riscos e atropelos democráticos de tal proposta, detenho-me sobre o facto de se juntar o Opus Dei a estas associações de malfeitores.

Do PAN já se percebeu que nada de bom podemos esperar. Mas do maior partido da oposição, partido de alternância de Governo, devíamos esperar muito mais. Ao radicalizar, tornando obrigatória a inútil declaração da já estúpida proposta do PAN, o Dr. Rui Rio demonstra que das guerras com o Futebol Clube do Porto, à frente de uma autarquia, para a liderança do PSD nada evoluiu nem nada aprendeu. Devia ficar lá, na associação do bairro.

O Opus Dei, a par de muitas outras associações, ordens e movimentos, é uma prelatura pessoal da Igreja Católica, onde os seus membros encontram uma forma adequada de viver o seu carisma dentro da instituição.

No Opus Dei há oração, formação espiritual aberta a quem estiver interessado, obediência à Santa Madre Igreja, obras de cariz social, de caridade e de missão. É isto. Esta é, aliás, a proposta a todos os milhões de católicos pelo mundo fora. Cada um é chamado a cumprir, de acordo com a sua circunstância, o mandato de Jesus Cristo: “Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho.”

Querem saber qual é o segredo do Opus Dei? Ótimo. Leiam e pratiquem o Evangelho. Livro mais aberto não há.

Ou, então, a ideia é vasculhar a vida quotidiana de cada um? O que faz? Como faz? Com quem faz? E, já agora, fazer um index de práticas que são ou não são aceitáveis de acordo com o Dr. Rui Rio. Ou de acordo com muitos opinadores, supostamente cultos, que falam do que não sabem nem conhecem. Mas como se trata de católicos não faz mal. Já se estivéssemos a falar de muçulmanos, a história era outra.

Está na moda elogiar o Papa Francisco. Todos os políticos portugueses gostam de ter na secretária a fotografia ao lado do chefe da Igreja Católica, este ou um dos seus antecessores. Enche-se a boca com o grande valor democrático que é o respeito pela liberdade religiosa. E depois cai-se na tentação de alinhar em teses ignorantes que rotulam uma das suas organizações como uma associação de malfeitores. Ler uns livros, às vezes, faz falta.

Na história política da nossa democracia houve três membros de relevo que nunca esconderam a sua pertença ao Opus Dei. Francisco Oliveira Dias, o presidente do Parlamento que defendeu com trágico custo pessoal a casa da democracia durante um ameaçador cerco ao Parlamento promovido pelas forças do PREC. A sua mulher morreu de enfarte na sequência deste episódio. Adelino Amaro da Costa, morto ao serviço do país, até hoje, em circunstâncias mal esclarecidas. Mota Amaral, presidente do Governo Regional dos Açores e presidente impoluto da Assembleia da República.

Pelo que fica dito antes, são de facto três figuras cujo percurso nos deve deixar preocupados.

Não sou do Opus Dei, sou de Comunhão e Libertação, mas diante de tal disparate, digo como John F. Kennedy diante do muro de Berlim: Ich bin ein Opus Dei.

Já agora, quando o Papa Francisco aterrar em Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude, o Dr. Rui Rio podia levar-lhe o dossier das queixas contra esta associação de malfeitores que tão mal tem feito ao país.   

Original e comentários, que podem ser lidos por todos, aqui.

 

 

 

 

FIM

 

 

O COVID-19 é Ficção Científica

24.03.21 | Duarte Pacheco Pereira

O COVID-19 é Ficção Científica


 



Imagine uma vacina tão segura que você tem de ser ameaçado para a tomar, para uma doença tão mortal que você tem de ser testado para saber que a tem.



 


Este era o primeiro parágrafo do bestseller COVID-19, o extraordinário romance de ficção científica da autoria de 666.


 


Original e comentários aqui.


 


 


 


 


FIM


 

Lab Rats, that's what we are!

23.03.21 | Duarte Pacheco Pereira

Lab Rats, that's what we are!

 

 

Dan Lyons’
Lab Rats: How Silicon Valley
Made Work Miserable for the Rest of Us

 

Lab Rats: How Silicon Valley Made Work Miserable For The Rest Of Us

Lab Rats: How Silicon Valley Made Work Miserable for the Rest of Us

 

At a time of soaring corporate profits and plenty of HR lip service about “wellness,” millions of workers—in virtually every industry—are deeply unhappy. Why did work become so miserable? Who is responsible? And does any company have a model for doing it right? For two years, Lyons ventured in search of answers. From the innovation-crazed headquarters of the Ford Motor Company in Detroit, to a cult-like “Holocracy” workshop in San Francisco, and to corporate trainers who specialize in … Legos, Lyons immersed himself in the often half-baked and frequently lucrative world of what passes for management science today. He shows how new tools, workplace practices, and business models championed by tech’s empathy-impaired power brokers have shattered the social contract that once existed between companies and their employees. These dystopian beliefs—often masked by pithy slogans like “We’re a Team, Not a Family”—have dire consequences: millions of workers who are subject to constant change, dehumanizing technologies—even health risks. A few companies, however, get it right. With Lab Rats, Lyons makes a passionate plea for business leaders to understand this dangerous transformation, showing how profit and happy employees can indeed coexist.

Original here.

 

 

Dan Lyons’ Lab Rats: How Silicon Valley Made Work Miserable for the Rest of Us

Dan Lyons’ Lab Rats: How Silicon Valley Made Work Miserable for the Rest of Us

 

Goodreads’ Review

 

1757121
Sharon's review · Sep 15, 2018 
it was amazing ✯✯✯✯✯
bookshelves: business-books, mental-health
Recommended for: People Managers
 

This is a more important business book than most people realize. In its pages, Dan Lyons take apart the conventional wisdom of Milton Friedman’s “burn out and churn out” style of shareholder-based business and shows why the model is completely non-sustainable.

If you’ve wondered why you’re feeling less valued at work, it’s because you are. When human beings are treated like copy paper (human “resources”), it’s easy to pretend we don’t matter. Yet, we provide the work that turns the wheels of business and, in turn, profits to shareholders.

The book’s not all bad news; Lyons also profiles some businesses, including some venture capitalists, who are more interested in stakeholders than shareholders and, as a result, setting Friedman’s style on its ear. Businesses based on a social enterprise model do well for themselves, their employees and, ultimately, their shareholders.

This is all accomplished in a lively, entertaining and, at times, maddening little book that will open your eyes and make you rethink how you treat your staff. It’s past time for HR to become Personnel again … focused on treating each employee as a person instead of a “resource,” and Lyons shows the way.

Original here.

 

 

 

 

END

 

 

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