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Geopolítica e Política

Lusa - Lusística - Mundial

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U.S. Political Crisis: Banana Follies

15.11.20 | Duarte Pacheco Pereira

U.S. Political Crisis: Banana Follies

 

 

Footage of Josephine Baker performing her infamous Banana Dance
at the Folies Bergère in Paris, France circa 1927.

 

 

Banana Follies
A mãe de todas as revoluções coloridas

 

Um jogo de perfeita revolução colorida indígena, com o nome de código Azul, escapou de um importante think tank estabelecido nas terras imperiais que inventaram o conceito da revolução colorida.

Nem todas as informações aqui reveladas sobre o jogo do Azul foram desclassificadas. Isso pode muito bem provocar uma resposta dura do Estado Profundo, ainda que um cenário semelhante tenha sido manipulado por um grupo chamado Transition Integrity Project.

Ambos os cenários deveriam ser qualificados como programação preditiva – com o Deep State a preparar o público em geral, antecipadamente, para que saiba exactamente como as coisas vão se desenrolar.

O livro de regras padrão de uma revolução colorida estabelece que elas geralmente começam na capital do estado-nação X, durante um ciclo eleitoral, com combatentes da liberdade “rebeldes” a desfrutarem de pleno apoio dos media nacionais e internacionais.

Azul refere-se a uma eleição presidencial no Hegemon. No exercício deste jogo, o presidente em exercício, com o nome de código Bobo, foi pintado de Vermelho. O desafiante, com o nome de código Cadáver, foi pintado de Azul.

Azul – o exercício – subiu um degrau porque, em comparação com seus antecessores, o ponto de partida não foi uma mera insurreição, mas uma pandemia. Não qualquer pandemia, mas uma realmente grave e má para os ossos globais, com uma explosiva taxa de mortalidade por infecção de menos de 1%.

Por uma feliz coincidência, a pandemia letal permitiu que os operadores de Azul promovessem o envio de votos pelo correio como o procedimento de votação mais seguro, pois socialmente distante.

Isto se conectou com uma onda de pesquisas que previam uma vitória quase inevitável do Azul na eleição – até mesmo uma Onda Azul.

A premissa é simples: derrubar a economia e esvaziar um presidente em exercício cuja missão declarada é impulsionar uma economia em expansão. Em paralelo, convencer a opinião pública de que chegar junto às urnas é um risco para a saúde.

O comité de produção da Azul não se arrisca, anunciando publicamente que contestaria qualquer resultado que contradiga o resultado predefinido: a vitória final de Azul num organismo peculiar, anacrónico e anti-democracia directa chamado de “colégio eleitoral”.

Se Vermelho chegar a ganhar de alguma forma, Azul aguardará até que todos os votos sejam contados e devidamente litigados em todos os níveis de jurisdição. Contando com o apoio maciço dos media e o marketing dos media sociais impulsionados até níveis de saturação, Azul proclama que “sob nenhum cenário” seria permitido a Vermelho que declarasse vitória.

Contagem decrescente para a votação mágica

Chega o dia da eleição. A contagem de votos está ocorrendo sem problemas – contagem do voto por correspondência, contagem do voto no dia da eleição, contagem actualizada até ao minuto – mas favorecendo principalmente o Vermelho, especialmente em três estados sempre essenciais para a captura da presidência. O Vermelho também lidera no que é caracterizado como “estados decisivos”.

Mas então, assim que uma rede de televisão prematuramente classifica como Azul um Estado que supostamente era seguro ser Vermelho, toda a contagem dos votos pára antes da meia-noite nas principais áreas urbanas em estados decisivos (swing states) sob os governadores Azuis, com o Vermelho na liderança.

Os operadores Azuis param de contar para verificar se o seu cenário rumo a uma vitória Azul pode ser lançado sem considerar boletins de voto por correspondência. O seu mecanismo preferido é fabricar a “vontade do povo”, mantendo uma ilusão de justiça.

Mas eles sempre podem confiar, como Plano B, nos votos urbanos pelo correio, quentes e frios, até que o Azul se esgueire em dois estados decisivos particularmente importantes que o Vermelho conquistara numa eleição anterior.

É o que acontece. A partir das 2h da manhã e tarde da noite, entra um lote de votos “mágicos” nesses dois estados-chave. O súbito “ajustamento” vertical para cima inclui o caso de um lote de 130 mil + votos a favor do Azul lançados num município juntamente com nem um único voto pró-Vermelho – um milagre estatístico das proporções do Espírito Santo.

Abarrotar a urna de voto é um golpe típico aplicado em declinações da revolução das cores de Repúblicas de Bananas. Operadores azuis usam o método experimentado e testado aplicado ao mercado futuro de ouro, quando uma queda repentina nas vendas a descoberto derrubam o preço do ouro, protegendo assim o dólar americano.

Os operadores do Azul apostam que a aliança complacente dos media-convencionais/Big-Tech não questionará que, bem, a partir do nada, a votação oscilasse para o Azul com uma margem de 2 para 3 ou 3 para 4.

Eles apostam em que nenhuma pergunta será feita sobre como uma tendência de votação positiva de 2% a 5% a favor do Vermelho em alguns estados transformou-se numa tendência de 0,5% a 1,4% a favor do Azul por volta das 4h da manhã.

E que esta discrepância acontecesse em dois estados decisivos (swing states) quase em simultâneo.

E que em alguns distritos houvesse mais votos presidenciais do que o número de eleitores registados.

E que nos estados decisivos, o número de votos misteriosos extras para Azul excedesse em muito os votos dados para os candidatos ao Senado nesses estados, quando o registo mostra que os totais decrescentes de votos tradicionalmente são próximos.

E que o comparecimento num destes estados fosse de 89,25%.

No dia seguinte ao Dia da Eleição, há explicações vagas de que uma das possíveis perdas de votos foi apenas um “erro administrativo”, ao passo que em outro estado disputado não há justificativa para a aceitação de cédulas de voto sem carimbo do correio.

Os operadores Azuis descansam porque os media-corporativos/aliança-Big-Tech esmaga todas as reclamações como “teorias da conspiração”.

A contra-revolução vermelha

Os dois candidatos presidenciais não ajudam exactamente seus próprios casos.

Aquele com o nome de código Cadáver, em um lapso freudiano, revelou que seu partido havia armado o esquema de fraude mais extenso e “diverso” de todos os tempos.

Não só Cadáver está prestes a ser investigado por um esquema sombrio relativo a computadores. Ele é um paciente com demência em estágio 2, com um perfil que se deteriora rapidamente – mantido praticamente inalterado por drogas, as quais não podem impedir que a sua mente se desligue lentamente.

Aquele com o nome de código Bobo, fiel a seus instintos, foi preventivo, declarando toda a eleição uma fraude, mas sem apresentar uma arma fumegante. Ele é devidamente ridicularizado pelos media-de-referência / aliança-Big-Tech por espalhar “alegações falsas”.

Tudo isso está a acontecer porque uma operadora astuta, velha e amarga não só declarou que o único cenário admissível era uma vitória do Azul; ela já se posicionara a si próprio para um cargo de segurança top.

Azul também jogou em que Vermelho embarcaria imediatamente num caminho obstinado: arregimentar um exército de advogados exigindo acesso a todas as listas de registo para depurar, rever e verificar cada cédula de voto pelo correio, um processo de análise forense de facto.

Ainda assim, Azul não pode prever quantas cédulas falsas serão reveladas durante a recontagem.

Enquanto Cadáver está prestes a declarar a vitória, Bobo encara o jogo longo, pronto para levar tudo até à Suprema Corte.

A máquina Vermelha já havia jogado isto – pois estava plenamente consciente de como a operação Azul seria desenvolvida.

A contra-revolução Vermelha tem o potencial de dar xeque-mate estratégico em Azul.

É um ataque em três frentes – com Vermelho a usar o Comité Judiciário, o Senado e o Procurador-Geral, todos sob a autoridade do denominado Bobo até o dia da posse. O jogo final após uma violenta batalha legal é para derrubar Azul.

Os principais operadores do Vermelho têm a opção de criar uma comissão do Senado, ou um Conselho Especial, a pedido do Comité Judiciário, a ser nomeado pelo Departamento de Justiça para investigar Cadáver.

Enquanto isso, dois votos do colégio eleitoral, com um mês de intervalo, são necessários para certificar o vencedor presidencial.

Estas votações acontecerão no meio de uma e talvez duas investigações centradas sobre Cadáver. Qualquer estado representado no colégio eleitoral pode se opor à aprovação de um Cadáver investigado; neste caso, é ilegal para aquele estado permitir que seus eleitores certifiquem os resultados presidenciais do estado.

Cadáver pode até ser impedido (impeached) pelo seu próprio partido, sob a 25ª Emenda, devido ao seu declínio mental irreversível.

O caos resultante teria de ser resolvido pela Suprema Corte, inclinada aos Vermelhos. Não é exactamente o resultado desejado por Azul.

A casa sempre vence

O cerne da questão é que esse jogo de think tanks transcende o Vermelho e o Azul. É tudo acerca do jogo final do Estado Profundo.

Não há nada como uma grande operação psicológica embutida em um teatro estilo WWE sob o signo de Divide e Impera para enfrentar a multidão, com metade da multidão a rebelar-se contra o que considera um governo ilegítimo. Os 0,00001% inspeccionam confortavelmente de cima a carnificina não apenas metafórica.

Mesmo que o Estado Profundo, usando seus Azuis apaniguados, nunca permitisse que Bobo prevalecesse, mais uma vez, este Divide e Impera interno pode ser encarado como o resultado menos desastroso para o mundo em geral.

Um contexto de guerra civil, em teoria, distrai o Estado Profundo do bombardeamento de mais latitudes no Sul Global na farsa distópica de “democracia” que agora está a encenar.

E ainda assim uma paralisia interna do Império do Caos pode muito bem encorajar mais aventuras estrangeiras como um diversionismo necessário para unir os espectadores.

E isto é a beleza deste exercício do jogo Azul: a casa ganha sempre, de um modo ou de outro.

06/Novembro/2020

Original e referências aqui. Vídeo aqui.

 

fim

 

O artigo original, em inglês, foi publicado em Asia Times a 6 de Novembro de 2020, aqui, e republicado, na mesma data e língua, em Global Research, aqui, Tlaxcala, aquiThe Vinenyar of the Saker, aqui, Zero Hedge, aqui, e não só.

 

 

FIM

Nagorno-Karabakh Conflict (ii)

14.11.20 | Duarte Pacheco Pereira

Latest Updates on Karabakh, 12 November 2020 (Map Update)


 


 


Russian President Putin
Wins Upset Victory In Nagorno-Karabakh


 


By Ezgi Yazici at The Institute for the Study of War (ISW) on November 13, 2020


 


Key Takeaway: Russian President Vladimir Putin’s patient and precise diplomacy outmaneuvered Turkish President Recep Tayyip Erdogan in Nagorno-Karabakh. The Kremlin produced the most significant breakthrough in the disputed zone since 1994 with a Russian-brokered agreement on Azerbaijani terms. Putin and Azerbaijani President Ilham Aliyev will likely capitalize upon their respective victories as Erdogan fails to gain a greater Turkish footprint in the Caucasus.


 


Russia’s upset victory upends Turkey’s calculus in Nagorno-Karabakh. Azerbaijan owes its rapid military success in Nagorno-Karabakh to Turkey’s strong backing with arms sales, Syrian proxy deployments, and diplomatic support.[1] Turkey’s patronage likely came with strings attached, despite the Turks’ friendly relations and historical kinship with Azerbaijanis. Ankara likely saw the conflict as a low-cost opportunity to solidify a Turkish foothold in the Caucasus while gaining an advantage over Moscow and potentially replacing Russia as Azerbaijan’s key patron. Azerbaijan’s and Turkey’s insistence on Armenian withdrawal from Nagorno-Karabakh was likely the key obstacle to the previous ceasefires attempts—leading Erdogan to calculate that he was holding the reins of the conflict and could control its end. Putin seized those reins with the November 9 agreement by forcing Armenia to surrender to the Azerbaijani demands under exclusive Russian control over the implementation process.


Aliyev delivers long-awaited victory at a high price. The Russian-brokered agreement will end Armenia’s military presence in Nagorno-Karabakh and its surrounding regions of Azerbaijan by December 1—making Azerbaijani President Ilham Aliyev the leader to reclaim Azerbaijan’s territories lost during his father’s presidency in 1994. The agreement does not mention Baku’s key ally Ankara, despite earlier discussions of a joint Turkish-Russian peacekeeping presence in Nagorno-Karabakh.[2] Aliyev will likely enjoy domestic popularity from his Kremlin-delivered victory, but he now faces new challenges with the first Russian military presence in Azerbaijan in many years and likely damaged relations with Turkey.


Putin is the clear winner of the upset victory in Nagorno-Karabakh. The Kremlin achieved multiple crucial objectives by brokering the November 9 peace agreement between Azerbaijan and Armenia.



  1. The Kremlin was able to reassert Russian preponderant influence in the Caucasus—part of Russia’s “near abroad” in which the Kremlin claims it should have a dominant voice.

  2. The Kremlin transformed Azerbaijan’s Turkey-backed military success into a Russia-delivered victory for Azerbaijan—strengthening Baku-Moscow relations and integrating Azerbaijan more deeply into the Kremlin’s sphere of influence.

  3. Russia secured a military foothold in another former Soviet state, deploying a peacekeeping force of 1,960 troops along the line of contact in Azerbaijan for five years.[3]

  4. The Kremlin denied Turkey any military presence in Nagorno-Karabakh despite previous Turkish military support that tipped the scale in Azerbaijan’s advantage on the ground. The deal excludes Turkish peacekeeping troops even though deploying such troops was being discussed.[4]

  5. The agreement and the subsequent public protests in Armenia will jeopardize the political future of Armenian Prime Minister Nikol Pashinyan, who will be seen as responsible for a devastating defeat and a humiliating deal.[5] Pashinyan came to power with the support of Armenia’s popular protests in 2018 and has been perceived as relatively pro-Western. His embarrassment creates an opportunity for a much more pro-Russian leader to take power in Yerevan, to Putin’s benefit.


Putin outmaneuvered Erdogan as Turkey failed to cash in its military success for long-term gains. The Russian-brokered agreement likely shocked Ankara. Putin compelled Yerevan to accept this defeat by taking advantage of Armenia’s dependence on Russian military power to withstand the Turkish-backed Azerbaijani push. His decision to do so was a clever gambit. He sacrificed some goodwill and trust in Armenia by failing to come to its aid and then imposing this humiliation on it, but Yerevan has nowhere to go—no other power or group of states can defend Armenia from Turkey or Azerbaijan. Had Putin instead rallied around his Armenian allies, he could have stopped or reversed the Azerbaijani gains, but at the cost of driving Azerbaijan much more firmly into the Turkish camp. Erdogan likely miscalculated Putin’s willingness to sacrifice an ally temporarily to make a bigger, longer-term gain.


Erdogan is unlikely to be able to reverse this setback any time soon. He may push for a limited diplomatic role in future resolution processes, but the agreement underscores the asymmetrical nature of the Russia-Turkey relationship. Russia’s timely diplomatic maneuvering and swift negotiation reversed Turkey’s gains in courting Azerbaijan and establishing a Turkish foothold in the Caucasus. Turkey’s limited gains include a land corridor to connect Turkey to Baku over the autonomous Azerbaijani territory of Nakhichevan and a symbolic Azeri-Turkish victory that Erdogan will likely benefit from inside Turkey.[6] The success of Turkish Bayraktar drones will likely increase the demand for Turkish military exports as well. But those gains are far short of what Erdogan was likely expecting in return for the risks he courted in this conflict, and they are outweighed by the establishment of a Russian military position in Nagorno-Karabakh.


The war in Nagorno-Karabakh ended on Russia’s terms 36 years after another Russian-brokered ceasefire: Putin scored a major long-term gain for Russian strategic objectives in the Caucasus while showcasing Russia’s stronger diplomatic vigor and experience over Turkey’s. Turkey failed to influence the conflict’s end despite its significant military success in backing Azerbaijan. Putin’s upset victory in Nagorno-Karabakh will have profound effects on the future of two former Soviet states in the Caucasus and Turkey-Russia competition across multiple theaters.


 


 


Original image here.
Original text, with references here.


 


 


FIM

Nagorno-Karabakh Conflict (i)

13.11.20 | Duarte Pacheco Pereira

Brief History of Nagorno-Karabakh Conflict (Map Update)


 


Brief History of Nagorno-Karabakh Conflict


SouthFront (SF) | 02.10.2020


Nagorno-Karabakh is an administrative territorial entity located in the Transcaucasus between Azerbaijan and Armenia. It is a self-proclaimed Republic that is not recognized by any UN member state. The only formal recognition of Nagorno-Karabakh independence comes from three other self-proclaimed countries – Abkhazia, South Ossetia, and Transnistria.


The territory is 4.4 thousand square kilometers, the population is 148,900 people. The vast majority are Armenians. According to the last Soviet census of 1989 – 77% (out of 189 thousand).


The administrative center is Stepanakert (Khankendi in Azerbaijani).


In February 2017, the Nagorno-Karabakh Republic officially changed name to “Republic of Artsakh”.


Since 1921, the region was part of the Azerbaijan Soviet Socialist Republic as an administrative territorial unit with the rights of broad autonomy. In 1923, it received the status of an Autonomous region (NKAO) within the Azerbaijan SSR.


Nagorno-Karabakh war in 1988-1994


In 1987, 75 000 signatures of Nagorno-Karabakh citizens for reunification with Armenia were sent to the Central Committee of the Communist Party of the Soviet Union. It provoked a negative reaction from Azerbaijani authorities. The next year the regional Council of the NKAO asked the Supreme Soviet to consider transferring the region to Armenia, but this request was seen as a manifestation of nationalism. In four months, the regional Council made one more attempt and declared its secession from Azerbaijan. In response, the Presidium of the USSR Supreme Soviet adopted a resolution denying the possibility of transfer.


After the attempts at peaceful transition failed, since September 1988, armed clashes began between Armenians and Azerbaijanis, which turned into a protracted conflict.


On September 2, 1991, the region was proclaimed to be the Nagorno-Karabakh Republic (NKR) as part of the USSR. It included the territories of the NKAO, Shaumyan district, and part of the Khanlar district of Azerbaijan.


This marked the beginning of an open armed confrontation between Armenia and Azerbaijan for control of the region in 1991-1994. The Karabakh conflict was the first major armed confrontation on the territory of the former Soviet Union. After to the collapse of the USSR, Soviet internal troops were withdrawn from the region. The situation in the conflict zone went out of control.


The fighting escalated in may 1992, when the self-defense units of Karabakh took control over the city of Shusha, from which Azerbaijani troops regularly bombarded Stepanakert and surrounding villages.


Armenian forces broke the Azerbaijani blockade in the area of Lachin, establishing communication between Karabakh and Armenia (“Lachin corridor”). Azerbaijani troops established control over the Northern part of the NKR. In the spring of 1993, Karabakh forces, with the support of Armenia, created a second corridor linking the NKR with the Republic.


In 1994, the NKR defense forces established control over the 90% of the former NKAO territory and also occupied fully or partially seven border regions of Azerbaijan (8% of the territory of Azerbaijan). In turn, Azerbaijan retained control over parts of the Martuni, Martakert and Shahumyan districts of the NKR. According to various estimates, the losses of the Azerbaijani side during the conflict ranged from 4 to 11 thousand killed, and the Armenian side from 5 to 6 thousand people.


On May 5, 1994, a ceasefire agreement, known as the Bishkek Protocol, was signed by the parties with the mediation of Russia and Kyrgyzstan. The document entered into force on May 12, 1994.


Since the signing of the Bishkek Protocol in 1994, the parties have repeatedly accused each other of violating the ceasefire, and there have been numerous local incidents involving the use of firearms on the border.


The situation in the Nagorno-Karabakh conflict zone escalated sharply in 2014 and 2016, but the region has not faced armed conflicts like today’s war since 1994.


 


Original and comments here
SouthFront (SF) has been following this conflict. Please see here.


 


 


FIM


 

EUA: O Fim da Primeira Emenda

12.11.20 | Duarte Pacheco Pereira

First Amendment of the U.S. Constitution


 


Os grandes média dos EUA acabam com a 1ª Emenda


Rede Voltaire | 10 de Novembro de 2020


Os grandes média (mídia-br) norte-americanos, que não pararam de achincalhar Donald Trump — veja-se insultando-o e apelando ao seu assassinato — desde a sua eleição surpresa (e antes mesmo da sua tomada de posse), tentam agora abafar a sua voz.


Assim, as três principais estações de televisão nacional, ABC, CBS e NBC, interromperam a sua conferência de imprensa (coletiva-br) pós-eleitoral logo que ele começou a abordar a questão da verdade da votação.


Segundo esses média, o seu Presidente em exercício estava em vias de formular um conjunto de mentiras.


Isso é contudo ainda é visível aqui:


BREAKING: President Trump is live from the White House...


Os canais de televisão foram precedidos pelos grandes operadores de Internet (Facebook, Twitter, YouTube, etc.) que fecharam contas seguindo a mesma lógica.


Antes de saber quem ganhou esta eleição — o que é a nosso ver secundário —, é preciso compreender bem o que se passa: a 1ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos afirma que a liberdade de expressão não tem qualquer limite. Todos têm o direito de dizer o que quiserem. O Estado, seja em que caso for, não pode censurar nenhuma ideia seja ela qual for, incluindo aquelas que se consideram más. Os únicos limites que podem ser impostos são a posteriori pelos tribunais, quando as pessoas se acham difamadas e apresentam elas mesmo a prova.


As dez primeiras Emendas da Constituição formam o Bill of Rights (Declaração de Direitos), que estabelece a concepção norte-americana de Direitos do Homem.


Ao censurar o seu Presidente em exercício, os média, que não são pessoalmente visados pelas suas declarações, assumem-se como guardiões da Verdade.


Desde há cinco anos, a Rede Voltaire não cessa de explicar que os Estados Unidos já não estão divididos entre Republicanos e Democratas, mas que atravessam uma crise de civilização. De um lado, os sucessores dos «pais peregrinos» do Mayflower tentam impor a sua concepção da «Via Pura»; do outro, os descendentes dos imigrantes do continente europeu tentam restaurar o «sonho americano». Foi deste modo que analisamos tanto a campanha de Hillary Clinton como o movimento Black Lives Matter. Esta leitura confirma-se hoje em dia e uma nova Guerra Civil é inevitável, não no imediato, mas já nos anos a seguir.


Tradução de Alva 
Original da tradução aqui
Original, em francês, desta publicação aqui.


 


 


FIM